Displasia Cortical Focal
07/05/2024 12:00
As displasias corticais focais (DCF) são malformações do desenvolvimento cortical resultantes de anormalidades na proliferação, migração e organização dos neurônios durante o desenvolvimento fetal do cérebro. A classificação e os achados radiológicos das DCF são complexos e variam de acordo com a severidade e as características específicas de cada tipo. Aqui está um resumo da classificação das DCF em relação aos seus principais achados radiológicos:
Displasia Cortical Focal Tipo I
- Achados Radiológicos:
- Pode ser sutil e frequentemente invisível em imagens de ressonância magnética (MRI) padrão.
- Quando visível, apresenta alterações mínimas na espessura cortical e na arquitetura sem alterações significativas do volume do córtex.
- O sinal de T2/FLAIR pode mostrar leve hiperintensidade.
- Aumento da captação de flúor-desoxi-glicose no PET scan pode ser observado.
Displasia Cortical Focal Tipo II
- Subtipo IIa:
- Espessamento cortical com arquitetura desorganizada.
- Presença de balonização neuronal leve e desarranjo da lâmina cortical.
- Sinais de MRI mostram hiperintensidade em T2/FLAIR com redução do volume do córtex adjacente.
- Subtipo IIb:
- Espessamento cortical mais pronunciado.
- Presença de células displásicas grandes (balonizadas) que distorcem a arquitetura cortical.
- Hiperintensidade mais evidente em T2/FLAIR.
- Frequentemente associada a uma maior epileptogenicidade.
Displasia Cortical Focal Tipo III
- Associada a outras patologias cerebrais adjacentes como esclerose hipocampal (tipo IIIa), tumores (tipo IIIb), ou lesões isquêmicas (tipo IIIc).
- Achados Radiológicos:
- Varia de acordo com a patologia associada, mas geralmente inclui as características do tipo I ou II junto com as anormalidades da condição coexistente.
- A identificação e caracterização são críticas para um planejamento terapêutico adequado.
As DCF são melhor visualizadas usando técnicas avançadas de imagem, como ressonância magnética de alta resolução com protocolos específicos para avaliação de epilepsia. A identificação precisa das características radiológicas ajuda no diagnóstico, na decisão terapêutica e no prognóstico dos pacientes.