A Síndrome metamérica arteriovenosa cerebrofacial, incluindo os tipos I e II, envolve malformações arteriovenosas complexas que afetam múltiplas regiões do corpo de maneira segmentar. Essas síndromes são raras e apresentam desafios diagnósticos e terapêuticos significativos. Os tipos I e II podem diferir em termos de localização e manifestações das malformações arteriovenosas (AVMs).
Síndrome Metamérica Arteriovenosa Cerebrofacial Tipo I (Síndrome de Wyburn-Mason)
Principais Achados Radiológicos:
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AVMs Cerebrais:
- Localizam-se tipicamente no trato óptico e nos núcleos hipotalâmicos.
- Angiografia por ressonância magnética (ARM) ou angiografia digital por subtração (DSA) revela um emaranhado de vasos sanguíneos anormais com alimentação arterial e drenagem venosa precoce.
- Ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) podem mostrar evidências de hemorragias prévias ou isquemia, e dilatação de vasos.
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AVMs Retinianas:
- Visualizadas diretamente através de exame fundoscópico, mostrando vasos sanguíneos dilatados e tortuosos.
- Angiofluoresceinografia destaca as malformações vasculares da retina.
Síndrome Metamérica Arteriovenosa Cerebrofacial Tipo II
Principais Achados Radiológicos:
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AVMs Cerebrais e/ou Maxilofaciais:
- Pode envolver regiões faciais, como as mandíbulas e os ossos maxilares, além de áreas cerebrais.
- A RM e a TC facial podem revelar lesões ósseas expansivas e anormalidades vasculares.
- ARM e DSA são essenciais para detalhar a configuração das AVMs, mostrando as características de shunt arteriovenoso.
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AVMs de Tecidos Moles:
- Lesões podem se estender a tecidos moles da face e do couro cabeludo.
- Ressonância magnética é útil para visualizar a extensão das malformações em tecidos moles, incluindo a participação muscular e subcutânea.
Considerações Comuns para os Tipos I e II
- Risco de Hemorragia: Devido ao alto fluxo e à fragilidade das paredes vasculares nas AVMs, há um risco significativo de hemorragia, o que exige monitoramento cuidadoso.
- Intervenção: O tratamento pode incluir procedimentos endovasculares, como embolização, radiocirurgia ou cirurgia convencional para prevenir ou controlar hemorragias.
- Monitoramento Contínuo: Devido ao risco de progressão ou de novas hemorragias, pacientes frequentemente requerem avaliações radiológicas regulares para monitorar a estabilidade das malformações.
Esses achados radiológicos são fundamentais para o diagnóstico correto, planejamento terapêutico e acompanhamento de pacientes com síndrome metamérica arteriovenosa cerebrofacial, seja do tipo I ou II.