Os esquimós são povos nômades encontrados em locais frios, com até -45 ºC, em regiões da costa continental do norte do Canadá, costa leste da Groenlândia, litoral continental do Alasca e Sibéria. Além disso, estão nas ilhas do Mar de Bering e do norte do Canadá (https://noticias.r7.com/hora-7/segredos-do-mundo/esquimos-quem-sao-de-onde-vieram-e-como-vivem).

Contemos aqui então, uma história fictícia onde um de nossos amigos, numa bela tarde ensolarada em meio ao “deserto de gelo”, voltando de uma caçada, encontra ao longe, dois “montes” brancos no horizonte, o que são?!

Antes de continuar, o que é “cor”? Cor é a impressão que a luz refletida ou absorvida pelos corpos produz nos olhos.

Distinção entre as cores é fundamental no dia-a-dia. Um exemplo clássico é o semáforo. 

Mas vocês já se imaginaram viver num ambiente com poucas opções de cores?! Os esquimós, por exemplo, distinguir entre os diversos tons de branco é fundamental para a sua sobrevivência...

TOM não é COR! Tom é o grau de intensidade de uma cor; e existe algumas centenas, talvez milhares, quiçá infinitos tons para cada cor.

Pois é, “o mundo” do esquimó é branco (com seus inúmeros tons). Então, para eles, distinguir entre aqueles dois montes brancos (iglu - sua casa X urso – que pode lhe devorar) pode lhe custar a vida.

Tal qual o “mundo” da radiologia, que é cinza, igualmente com seus inúmeros tons; mas (vocês sabiam?!) que os olhos humanos só são capazes de distinguir entre 20 e 40 tons de cinza (abaixo dos tão falados 50...).

Pois é, nós radiologistas, trabalhamos com a escala e os diversos tons de cinza para “sobrevivermos”, tal qual os esquimós fazem com sua “escala de branco”...

Nas armadilhas que um “mundo” de uma única COR pode trazer, só as diferenças dos TONS nos salvam...